segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ah, os ideais...

Muito se fala sobre o ideal distorcido de beleza, sobre os padrões estéticos de perfeição e das curvas cirurgicamente (e virtualmente) delineadas dos ícones contemporâneos.

Muitos são os estudos a respeito do impacto na (in)felicidade das mulheres com a sua aparência e da sociedade de consumo que se satisfaz a cada compra impulsionada pelo estado de espírito feminino. 

Muito se discute das campanhas publicitárias que apresentam mulheres magras, jovens e com uma beleza incomum na ânsia da venda de produtos. Peças publicitárias que, ao compor o universo de conhecimento das pessoas introjetam um padrão de beleza distante do "comum" e o determina enquanto ideal. Ideal este, não apenas de aparência, mas de sucesso de felicidade. 

Muito se discute na louca mudança da "beleza brasileira" que já fora da mulata das curvas sensuais e agora se divulga pelos quatro cantos do mundo na forma da super model Gisele Bündchen (cuja imagem é "usada" para vender de chinelo de dedo à financiamento de imóvies, passando por televisão a cabo... De fato, não há público alvo que passa ileso por sua "beleza brasileira"). Brasileira? 

Enfim...

Ainda que seja indiscutivelmente importante "muito discutir" estes temas, vale lembrar que, junto com o ideal de beleza é vendido um ideal de saúde. Mais importante ainda, um ideal de saúde vinculado ao um ideal de beleza que, francamente, de saúde, pouco tem. 

Associar os padrões estéticos elaborados através do Photoshop é uma afronta com a beleza do corpo real. Agora, associar estes padrões estéticos com a saúde... Neste caso, não é injusto apenas com a beleza do corpo, mas com a sua sobrevivência. 

E qual é o risco de se corre? As vezes é difícil lembrar que para algumas coisas não há como "erase" como se faz no Photoshop.


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