Os mandamentos religiosos, os dogmas científicos, o bom senso, a "moral", o controle da grande mídia... Etecetera e tal. Todos controladores da vida em largo espectro.
De todos, um em especial, me consome a alma (enquanto nutricionista, mas sobretudo, enquanto mulher): a culpa.
Sem demagogias baratas e naturalizada socialmente, a culpa coordena ações e escolhas, tirando a cor, o sabor e os sorrisos que poderíamos ter.
Com a culpa, comemos o que não queríamos comer, e não comemos o que, de fato, queríamos. Malhamos quando a vontade era descansar. Perdemos um encontro com queridos para não "sair da rotina".
A culpa, ladra destemida, nos tira sobremesas gostosas, bolo da vó e pipoca no cinema. Nos tira a tarde da preguiça no sofá, o passeio sem compromisso no parque e o papo jogado fora na mesa de um bar.
Nos tira a possibilidade de cultivar novas boas lembranças.
Nos arranca a leveza, nos sola no chão e, com frieza, materializa um "bom momento" em angústia.
Aonde será que a culpa aprendeu a fazer tudo isso?
Mais ainda, porque a damos tanto espaço?
O que ela nos dá em troca? A felicidade resumida em uma beleza cheia de culpa?
Belo "novo" controle social que arrumamos, não?
Quantas não são as lindas mulheres que, magras ou cheinhas, loiras ou morenas, negas ou brancas, baixas ou altas, não estão sob a jurisdição da culpa?
Pois é...
Nutrição não é terrorismo.
Harmonia alimentar não é lei.
Atividade física não é ditadura.
E, não, a culpa, não é "normal".
Que o #foco seja ser feliz!
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