Queria muito que não fossem frases verdadeiras.
Mas são.
E como são.
"Ah, quero a água: vamos economizar na celulite, né?"
- menininha, 7 anos, em festa de aniversário, recusando refrigerante.
"Não quero essa barriga!"
- menininha, 6 anos, apertando com raiva sua barriga.
"Mas a minha amiga pesa menos! Eu também quero pesar igual a ela! Quero pesar menos! Muito menos!"
- menininha, 8 anos, chorando ao se pesar na farmácia.
"Eu já comi uma fatia de bolo, mas eu queria taaaaaanto mais uma!"
- menininha, 6 anos, com olhos mareados, explicando à mamãe que quer mais um pedaço do bolo do aniversário da avó.
"Porque eu tenho vontade... Ai eu como... Ai eu tenho raiva de mim."
- menininha, 8 anos, descrevendo sua aflição.
Não há prisão mais solitária do que nossa própria consciência. Não há ditadura mais severa do que aquela que não se percebe. Não há angústia maior do que lutar contra aquilo que se "aprende" desde sempre.
Quem será que nos "ensina" isso?
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