terça-feira, 28 de maio de 2013

Comer pra quê? Fazer jejum está na moda.

Francamente... Era o que faltava.

Sim, o jejum. Literalmente: manter-se sem realizar refeições (por um, três e até 10 dias).

Como de costume, eis que uma matéria para perda de peso, fora colocada em destaque, sem se fazer suficientemente explicativa, carregando a chancela de qualidade dos profissionais que aí deixam seus depoimentos.

Com todo o respeito, o jejum não é uma ferramenta para o manejo dietético cientificamente comprovada. E, não, nosso corpo enquanto homem das cavernas, não gostava de ser forçado ao jejum.

O jejum (com perdão de descordar do médico), não causa um efeito similar à dieta de restrição calórica, pois a grande diferença é que nela, se consome alimentos, no jejum, não. E isso, faz toda a diferença. (A não ser, claro, que se consumam os caldos de carnes, como um dos médicos diz ser permitido... No entanto, de novo, com todo o respeito doutor, se se consome caldo, não está mais em jejum, portanto, a teoria se faz falha.)

A despeito da falta de consideração com o corpo proveniente do jejum, a cetose metabólica (realçada pelo médico como positiva) causa três grandes impactos: o primeiro, como o próprio especialista salientou, diz respeito a utilização de gordura como fonte de energia... O que ele esqueceu de dizer é que o uso da gordura só se dá após a massa magra (músculo) ser consumida, evento este, reforçado pela própria acidez proveniente da cetose, que é por excelência proteolítica; o segundo, dietas restritivas e, mais ainda, o jejum, levam o corpo ao stress metabólico, como se a vida estivesse em risco, promovendo maior liberação de cortisol e hormônios orexígenos (que estimulam a fome); o terceiro, será que estes doutores já ouviram falar da resistência insulínica causada pelo jejum prolongado? Dentre tantos "conhecimentos científicos" este fora ignorado! Enfim... Lamentável.

Que me desculpem as celebridades adeptas, não há como ser "revigorante" e "encher de energia", uma conduta de tamanho stress corporal.

Indago ainda, como será o humor daquele que decidiu seguir com seus afazeres de vida em jejum? Deveríamos perguntar as modelos... Não são elas escandalosamente felizes?




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