Há algum
tempo – pequeno, se me permite a inferência – noto um aumento significativo de colegas
de área que se opõe (ou ao menos tecem comentários contrários) ao “culto ao
corpo” tal qual ele nos é “imposto”.
Pois bem.
Que bom.
Que
mudança.
Tomara que vire febre entre nós.
Tomara que esse movimento seja mesmo genuíno.
Tomara que
reflita no conceito, na abordagem e na consulta.
Fico feliz,
porém com uma pontinha de receio.
A
felicidade, não me é difícil explicar, vem do fato de que esta temática é o
coração da minha prática profissional, o que me move enquanto nutricionista e,
sobretudo, enquanto mulher. Muito difícil ser e estar nesse universo em que a
beleza é o objetivo e a ciência, que tanto prezo, é resumida à ferramenta para
sua conquista.
Não é de
hoje que sou militante para que o #foco seja ser feliz.
A pontinha
de receio, no entanto, advém da generalização, da falta de informação e de um
conceito que considero um tanto vazio, mas que aqui cabe com perfeição, da
banalização do tema.
Sem dúvida
que todos têm o direito de expor seu ponto de vista. Inegável, e é exatamente
esta polifonia que torna a vida interessante, cheia de facetas. No entanto, cabe lembrar que, ao defender um
assunto, seja ele qual for, é preciso buscar o conhecimento em vista de
abordá-lo com propriedade. Se isso não acontece, a discussão perde a força, “cai
na banalidade” e se mistura às tantas outras pobres colocações que surgem por
aí.
Assumam a
responsabilidade de colocá-lo em pauta!
Que não
sejamos inibidos pelos comentários esvaziados, daqueles capazes apenas de dizer “que
isso não é realmente importante”, que não passamos de “recalcados”, ou que “é
assim mesmo”.
Toda corrente, tem uma
contra-corrente (ainda bem!).
Demoramos
tanto tempo para lançar luz ao tema, por favor, não deixemos que ele se torne
apenas mais um blá-blá-blá!
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