quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quem está comigo?

Há algum tempo – pequeno, se me permite a inferência – noto um aumento significativo de colegas de área que se opõe (ou ao menos tecem comentários contrários) ao “culto ao corpo” tal qual ele nos é “imposto”.

Pois bem.
Que bom.
Que mudança.

 Tomara que vire febre entre nós.
 Tomara que esse movimento seja mesmo genuíno.
Tomara que reflita no conceito, na abordagem e na consulta.

Fico feliz, porém com uma pontinha de receio.

A felicidade, não me é difícil explicar, vem do fato de que esta temática é o coração da minha prática profissional, o que me move enquanto nutricionista e, sobretudo, enquanto mulher. Muito difícil ser e estar nesse universo em que a beleza é o objetivo e a ciência, que tanto prezo, é resumida à ferramenta para sua conquista.

Não é de hoje que sou militante para que o #foco seja ser feliz.

A pontinha de receio, no entanto, advém da generalização, da falta de informação e de um conceito que considero um tanto vazio, mas que aqui cabe com perfeição, da banalização do tema.
Sem dúvida que todos têm o direito de expor seu ponto de vista. Inegável, e é exatamente esta polifonia que torna a vida interessante, cheia de facetas.  No entanto, cabe lembrar que, ao defender um assunto, seja ele qual for, é preciso buscar o conhecimento em vista de abordá-lo com propriedade. Se isso não acontece, a discussão perde a força, “cai na banalidade” e se mistura às tantas outras pobres colocações que surgem por aí.

Assumam a responsabilidade de colocá-lo em pauta!

Que não sejamos inibidos pelos comentários esvaziados, daqueles capazes apenas de dizer “que isso não é realmente importante”, que não passamos de “recalcados”, ou que “é assim mesmo”.  
Toda corrente, tem uma contra-corrente (ainda bem!).


Demoramos tanto tempo para lançar luz ao tema, por favor, não deixemos que ele se torne apenas mais um blá-blá-blá!






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