terça-feira, 3 de março de 2015

Dietas-da-moda? Responsabilidade é a resposta.

Nessa última semana, talvez por conta do insultante assunto da "dieta do jejum" da Vogue, as tais-dietas-da-moda se fizeram ainda mais presentes.

Tive a oportunidade de ler vários comentários a respeito das mais variadas versões, dos seus adeptos e dos desencorajados... Aqui, de fora da discussão, e conhecendo um pouco mais de bioquimica, fisiologia e metabolismo do que os discutidores do assunto, eu fiquei aflita. Muito aflita.

Veja bem, em momento nenhum me coloco como sabe-tudo e, mesmo sendo muito apaixonada pela minha prática diária e pela ciência que considero muito séria, eu não questiono os resultados (nem os motivos que levaram a alguém fazer ) qualquer que seja a moda dietética do momento. 

Não julgo, sobretudo, porque existe uma importante individualidade metabólica, que resguarda a cada um, resultados diferentes, de acordo com praticas também diferentes de vida. 

Não julgo também a angústia que temos para ter/fazer/conquistar um corpo ideal - isso é muito mais profundo do que parece e, ao meu ver, é um sintoma clássico de uma sociedade de valores atrapalhados, imersa na estrutura do consumo (mas isso é assunto para outro momento). 

O que quero dizer, na verdade, é que a dieta-da-moda, seja ela qual for é, já no seu conceito, algo falho. Nela está embutido um preceito de "momento" que vem e vai, que fará "sucesso" por dado período, que encantará quem a seguir, até que perderá sua luz. Do seu enfraquecimento, vem o efeito rebote e estamos cá na estaca zero. 

Só a título de curiosidade, a palavra dieta, enquanto origem, significa nada mais nada menos do que estilo de vida. Então, quando alguém diz que está em uma "nova dieta", o que isso implica realmente é em uma "nova tentativa de levar a vida". 

Eis então o coração da questão que trago aqui: então quer dizer que seu novo estilo de vida é se privar? É se alimentar apenas de proteínas? É contar pontos de calorias dos alimentos? É, no extremo da impraticabilidade, viver no jejum?

Meus caros, honestamente, sem problemas. (E, por favor, que isso não seja lido com tom irônico!)

Se essas propostas bem lhe servem... Se crê que é válida a tentativa, pois bem, que a siga. Quem somos nós para julgar e mandar no estilo de vida do outro? 

O que acho importante frisar, é que toda escolha implica em conseqüências, de tal modo que me parece óbvio dizer que então, cada nova tentativa de controle do corpo (e do estilo de vida) precisa ser realizada de modo responsável. Daí a necessidade de conhecer os impactos (momentâneos e futuros) da conduta escolhida.

Essas explicações, muitas vezes difíceis de serem formuladas, buscam sua origem no modo de funcionamento do corpo e no seu alinhado balanço de energia que, sobretudo, privilegia a vida. 

Pois é, o homem contemporâneo tem, na verdade, um corpo bicho. 

Esse, por sua vez, não aceita desaforo e sabe que, na verdade, quem manda em você é ele e não o contrário.

Nesse pensamento, creio que não custa saber - de fontes confiáveis - aquilo que acontece com o corpo quando se propõe mudanças de estilo de vida (lê-se dietas). 

 O resultado de hoje e de amanhã nada se compara com o eco metabólico que pode ser sentido por anos. Ponderação e conhecimento podem ser grandes aliados à tomada de decisões que podem parecer bobas e pequenas - afinal temos tantas dietas da moda e tantas pessoas às executam - mas podem mexer em um mecanismo perfeito e tirá-lo do eixo! 

Responsabilidade é então a palavra. 

Não apenas na escolha da conduta que optamos para conquistar nossos objetivos, mas também como determinante da nossa felicidade - vai me dizer que comer não é gostoso e não nos deixa felizes? 

Sei que me repito nesse tópico, mas já que é para escolher uma nova dieta (um novo estilo de vida), que essa seja para te deixar feliz! 
Não? 




Nenhum comentário:

Postar um comentário